É a maior escola de Enfermagem no país, com quase 1900 estudantes, 74% dos quais a frequentarem o 1º ciclo de es-tudos (licenciatura), um corpo docente altamente qualificado (a quase totalidade tem doutoramento) e situada numa cidade onde o conhecimento e seculares tradições académicas continuam a ser vividas intensamente e a atrair muitos jovens para o ensino superior.
As cerca de três centenas de novos enfermeiros que daqui saem, todos os anos, para o sistema nacional de saúde português – e também para o mundo –, têm praticamente 100% de empregabilidade, levando na bagagem uma sólida formação, fortes competências relacionais e valores como o humanismo, a cooperação e a responsabilidade social.
Referimo-nos à Escola Superior de Enfermagem de Coimbra (ESEnfC) que, apesar de ser a mais antiga em Portugal nesta área do saber (a sua origem remonta a 1881), não deixa de procurar atualizar-se, inovar e dotar-se dos melhores meios materiais e humanos.
Pós-graduação em Tecnologias Digitais e Inteligência Artificial em breve na ESEnfC
Exemplos disso são o novo curso de pós-graduação em Tecnologias Digitais e Inteligência Artificial (dirigido a enfermeiros e outros profissionais de saúde) e o curso breve (microcredenciais) em Inteligência Artificial e Tomada de Decisão em Enfermagem (para estudantes de Enfermagem, de licenciatura e mestrado), que abrirão já em 2025 e que se enquadram no projeto Living the Future Academy, liderado pela Universidade de Coimbra (UC) e com financiamento do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e dos Fundos Europeus Next Generation EU.No ano letivo que termina, estiveram em funcionamento na ESEnfC, além do curso de licenciatura, 6 pós-graduações não conferentes de grau académico, 11 mestrados (2º ciclo) e 1 doutoramento (3º ciclo), já com duas edições em funcionamento.
A aposta na formação pós-graduada em áreas da saúde com grande desenvolvimento no futuro é estratégica para a ESEnfC, que tem ofertas ao nível dos cuidados paliativos, da gerontogeriatria e da doença crónica. São cursos que dão resposta aos novos perfis de necessidades em saúde, baseados em realidades como a longevidade, as alterações climáticas, a saúde mental, as migrações forçadas e o aumento das desigualdades. E que têm como alicerces a prática baseada na evidência, resultante de uma investigação vocacionada para a satisfação das necessidades em saúde das pessoas, que têm sido propósitos da Unidade de Investigação em Ciências da Saúde: Enfermagem (UICISA: E), acolhida desde 2002 pela ESEnfC.
A relevância da investigação aplicada e a transição digital
Um calçado inovador mais ajustado ao pé diabético, um pijama sensorizado para monitorizar a pressão e humidade em pacientes acamados ou com incapacidade motora grave, ou um kit de hidratação subcutânea (que permite uma administração eficaz e segura de fluidos e fármacos), constituem exemplos de projetos de investigação aplicada em desenvolvimento na UICISA: E, que beneficiam do trabalho multidisciplinar de outros parceiros institucionais.
Fruto desse trabalho, e da experiência do Gabinete de Empreendedorismo da instituição, que presta apoio a estudantes (no desenvolvimento de ideias de negócio, projetos criativos e inovadores), a ESEnfC figura no “top 10” do ranking das instituições de ensino superior de Portugal com maior número de pedidos de invenções junto do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI).
A pensar na transição digital, a ESEn-fC está a criar um Laboratório Pedagógico (para ensaio de metodologias de ensino) e um estúdio de gravação de conteúdos educativos.
A instituição faz parte do INOV3P, consórcio para a constituição de um Centro de Excelência para a Inovação Pedagógica, um projeto também liderado pela UC, que compreende a formação pedagógica de docentes, a incorporação de componentes digitais nos métodos de ensino, de aprendizagem e de avaliação, bem como a adaptação de salas de aula e outros espaços de ensino a metodologias ativas de aprendizagem com utilização de recursos tecnológicos e digitais.
No presente ano letivo, a ESEnfC iniciou um programa de mentoria para acolhimento e integração dos novos estudantes, com o propósito de promover a equidade e o sucesso académico. E renovou espaços comuns, salas de estudo e alguns pisos do edifício da Residência (essencial para muitos dos estudantes deslocados que beneficiam da ação social), trazendo maior conforto e modernidade aos campi.
A ESEnfC diferencia-se pela internacionalização, sendo das instituições de ensino superior com maior percentagem de “alunos Erasmus”: para cima de 30% dos estudantes de licenciatura têm experiências de mobilidade em universidades de outros países.
Entre as vantagens de escolher a ESEnfC estão, ainda, a possibilidade de integrar projetos de investigação desde a licenciatura, assim como projetos de intervenção comunitária e de voluntariado, e a proximidade a instituições de saúde com elevados níveis de desenvolvimento tecnológico e científico (públicas e privadas), onde mais de 90% dos alunos frequentam ensinos clínicos (50% da formação de 1º ciclo ministrada).
Os estudantes dos vários cursos da ESEnfC beneficiam da existência de laboratórios (salas de práticas) com equipamentos de média e alta-fidelidade, que permitem simular uma grande variedade de cenários clínicos e, assim, aprofundar as competências técnicas antes do contacto com os utentes reais.