O Instituto Politécnico de Leiria é composto por 5 escolas localizadas na região de Leiria e Oeste e, atualmente, é uma instituição de ensino de referência a nível nacional e internacional. O presidente do IP Leiria, Carlos Rabadão, falou à Mais Magazine sobre a instituição que dirige e as mais-valias na recente adoção do selo de “Universidade Politécnica”.
Comece por nos falar sobre a oferta formativa que o IP Leiria oferece aos seus estudantes.
O Politécnico de Leiria é uma instituição pública de ensino superior composta por 5 escolas e 15 unidades de investigação localizadas em Leiria, Caldas da Rainha, Peniche e Marinha Grande, e dois núcleos de formação em Torres Vedras e Pombal. O Politécnico disponibiliza formação de qualidade e orientada para o mercado de trabalho nas áreas de Artes e Design, Ciência e Tecnologia do Mar, Ciências Empresariais e Jurídicas, Educação e Ciências Sociais, Engenharia e Tecnologia, Saúde e Despor[1]to, e Turismo. Com um universo de mais de 14.500 estudantes, promove 54 cursos técnicos superiores profissionais (TeSP), 45 licenciaturas, mais de 90 cursos de mestrado e pós-graduação, e dois doutoramentos em associação.
Qual a missão educativa da instituição?
A missão do Politécnico de Leiria reflete o compromisso que toda a comunidade assume através do caminho já percorrido do, com as características institucionais do presente e com os desafios do futuro, num quadro de referência internacional, procurando desenvolver uma formação, investigação e inovação que capacitem os cidadãos com competências relevantes para a sociedade, e com impacto no desenvolvimento sustentável na região de Leiria e Oeste, mas também ao nível nacional e global. Os principais valores pelos quais se rege a atuação da instituição passam pela qualidade, criatividade e inovação, ética e responsabilidade, sustentabilidade, pluralidade e inclusão.
Quais as caraterísticas identitárias que marcam o IP Leiria e o tornam diferenciado dos restantes politécnicos?
Líder da Universidade Europeia RUN-EU, o Politécnico de Leiria pretende contribuir para o reforço da identidade europeia suportada pela inovação e pelo conhecimento, destacando-se a inovação pedagógica, os percursos curriculares flexíveis, os cursos promotores de requalificação e qualificação avançada, bem como a criação de “European Degrees”. Paralelamente, o Politécnico de Leiria oferece aos estudantes diversos serviços de apoio, disponibilizando cantinas, residências, serviços médicos, serviços de apoio psicológico e de orientação vocacional, entre outros. Fomenta-se a prática do desporto através de diversas modalidades desportivas, bem como a participação em iniciativas académicas e culturais de relevo.
Além disso, o IP Leiria caracteriza-se pelo seu ambiente multicultural, sendo possível partilhar experiências com estudantes, professores e investigadores dos quatro cantos do mundo. São mais de 1.700 de 75 nacionalidades os estudantes a frequentar o Politécnico de Leiria, números que demonstram a importância da internacionalização.
Recentemente, o IP Leiria apresentou a “Estrutura de Missão para o Desenvolvimento do Ecossistema da Região de Leiria e Oeste”. Fale-nos um pouco sobre esta ação, a sua importância e qual o impacto que se espera da mesma.
A Estrutura de Missão para o Desenvolvimento do Ecossistema da Região de Leiria e Oeste (EM@IPLeiria), a primeira a ser criada em Portugal com esta ambição, irá apoiar e motivar a transformação das potencialidades da região, através da dupla transição digital e verde, e enquadra-se no papel estratégico do Politécnico de Leiria enquanto ‘Universidade para a Região’. No final da primeira fase dos trabalhos, a estrutura de missão terá uma estratégia bem definida para trabalhar nos próximos dez anos, no sentido de transformar as nossas regiões em regiões com uma melhor qualidade de vida, e com maior capacidade de captação de estudantes.
Podendo o IP Leiria afirmar-se como universidade, o que considera que poderá mudar na instituição num futuro próximo?
O Instituto Politécnico de Leiria tem hoje as condições necessárias para se afirmar como uma Universidade plena, sem perder a sua génese atual nem abandonar, naturalmente, o ensino politécnico, podendo outorgar todos os graus académicos previstos na lei. A criação da Universidade aumentará a perceção social da relevância e qualidade do ensino superior na região, contribuindo para inverter a tendência de êxodo de jovens para universidades de distritos limítrofes e a fixação de mais talento e de mais financiamento competitivo, essenciais para a afirmação do nosso território ao nível nacional e internacional. Assim, o “selo” Universidade potenciará a relevância e o impacto da nossa investigação e refletir-se-á num salto qualitativo na afirmação da instituição, na qualidade da interação com a sociedade que nos rodeia, na relevância social e no reconhecimento internacional.