O Instituto Politécnico do Cávado e do Ave (IPCA) foi fundado em 1994 e é constituído por uma rede de 5 escolas: Escola Superior de Design, Escola Superior de Gestão, Escola Superior de Hotelaria e Turismo, Escola Superior de Tecnologia e Escola Técnica Superior Profissional. Atualmente, o politécnico encontra-se em fase de transição de denominação para Universidade Politécnica, processo que resultará num maior reconhecimento nacional e internacional, tal como conta Maria José Fernandes, Presidente do IPCA, à Mais Magazine.
Atualmente, mais de 6800 alunos frequentam diariamente as instalações do IPCA, um politécnico que dispõe de uma oferta formativa bastante diversificada e diferenciada. No total, são 16 licenciaturas, 39 mestrados, mestrados profissionais e pós-graduações e 47 CTeSP (7 aguardam ainda aprovação) que compõe o leque de cursos a todos os que prendem dar um passo importante na sua formação e enriquecer o seu quadro geral de competências. Alicerçada à oferta pedagógica está uma “forte aposta na vertente de investigação” e que se encontra perfeitamente “alinhada com os cursos do IPCA”, como refere Maria José Fernandes, Presidente do IPCA. “Temos crescido muito na área da investigação, sendo que, atualmente, temos 3 centros de investigação classificados pela FCT com nota de “muito bom”. O Centro de Investigação de Inteligência Artificial Aplicada, aquele que agrega o maior número de projetos e que cria maior impacto naquilo que são projetos estruturantes, nomeadamente nas agendas mobilizadoras associadas a este centro; o Centro de Investigação em Design, uma iniciativa em parceria entre o IPCA, a Universidade do Porto e a Universidade de Aveiro; e o Centro de Investigação em Contabilidade e Fiscalidade, o mais antigo da instituição e único em todo o país”.
IPCA espera tornar-se Universidade Politécnica já durante o próximo ano
Fruto do processo de revisão do Sistema Jurídico das Instituições de Ensino Superior (RJIES), o IPCA espera receber até ao final de 2024 a designação de Universidade Politécnica, algo que a Presidente do IPCA considera ser um “passo importante para a afirmação no panorama (inter)nacional”. Maria José Fernandes refere que esta transição será um ponto muito importante não só para o IPCA, mas para todos os politécnicos do país, uma vez que se trata de um conceito mais universal e que eliminará o estereótipo que existe sobre os politécnicos relativamente as universidades. “No ensino superior fala-se muito nas universidades, um sistema como um todo, nem acho que seja por mal, mas os politécnicos não são muito referidos, pois é mais difícil explicar o que é um IP do que uma universidade”, salienta Maria José Fernandes.
A hipotética denominação de Universidade Politécnica aliada à vertente da investigação com classificação de “muito bom” pela FCT abrirá portas a que o IPCA esteja habilitado a outorgar doutoramentos, ainda que o politécnico já o faça, mas apenas “em colaboração, sem participação direta nos projetos”. “Não podemos ainda administrar o grau, ainda não estamos autorizados, por isso só podemos colaborar. Por exemplo, temos um doutoramento em associação com outra entidade no âmbito dos jogos digitais. Mas a ideia é serem doutoramentos diferentes e alinhados com as necessidades do tecido empresarial regional e que forneça conhecimentos aos estudantes nesse sentido”, comenta a Presidente do IPCA.
Maria José Fernandes acredita que escolher prosseguir os estudos no IPCA significa não apenas seguir uma instituição “que se preocupa com quem acolhe” durante todo o caminho académico, como também uma entidade que se preocupa com questões sociais, nomeadamente relativas ao “abandono escolar, à necessidade de formação contínua do público mais adulto e à formação de professores para o ensino de jovens com necessidades especiais”. Paralelamente, a construção em curso de uma residência para os estudantes e a aposta na internacionalização são os próximos passos para cumprir a missão do IPCA no setor de ensino: formar mais e melhor.