A Exponor é um dos espaços mais relevantes no panorama nacional no que diz respeito à organização de eventos de grande dimensão. Ao longo do ano acolhe uma série de feiras sobre as mais diversas temáticas, em Leça da Palmeira, sendo que entre 31 de maio a 3 junho será o palco da 19ª edição da EMAF. Este é o maior evento português do setor industrial, como nos conta Diogo Barbosa, Diretor Geral da Exponor.
Comecemos esta conversa por falar sobre a Exponor. Quais as caraterísticas diferenciadoras deste espaço que o tornam tão diferenciado?
A Exponor é muitas vezes associada a apenas um espaço físico, contudo, é na realidade uma empresa de organização de feiras e eventos que se sustenta em duas vertentes de negócio: a organização de feiras próprias e a gestão do recinto. Enquanto recinto, temos mais de 45 000 m² cobertos, 150 000 m² descobertos, 2500 lugares de estacionamento, sete postos de restauração, um auditório com a capacidade máxima de 945 pessoas sentadas e ainda duas grandes salas polivalentes. Estas caraterísticas fazem do recinto da Exponor o local ideal para receber grandes feiras e eventos. Temos muito orgulho no portfólio que apresentamos anualmente, composto por grandes feiras que são uma referência nacional nos setores que representam. Destacamos a EMAF, o maior evento português do setor industrial, a Expocosmética, que é a maior feira de beleza da Península Ibérica e a CONCRETA, uma feira especializada nos setores de construção, arquitetura, engenharia e design. A diversidade que apresentamos aos nossos visitantes demonstra que a Exponor é, sem dúvida, uma referência ibérica no setor das Feiras. Temos ainda como grande objetivo criar eventos direcionados para nichos de mercado, que tragam valor a um determinado setor da economia. Para isto, continuamos a apresentar um recinto atual e a expandir a nossa atuação para outros espaços, tendo já três eventos nestas condições.
De 31 de maio a 3 junho a Exponor acolherá a EMAF 2023. O que se pode esperar para a edição deste ano da feira?
A edição de 2023 da EMAF – Feira Internacional de Máquinas, Equipamentos e Serviço para a Indústria – já se encontra esgotada há algum tempo. Ocupámos todo o nosso recinto com cerca de 430 empresas expositoras e esperam-se cerca de 25 000 visitantes profissionais. Reforçamos ainda a vertente internacional, uma vez que, destas empresas, cerca de 85 são estrangeiras, com uma forte presença espanhola. Nesta 19ª edição temos previstas várias atividades paralelas à exposição, como conferências, workshops, entrega de prémios, entre outras. O mote que apresentamos este ano é “Transformação Digital”, por isso esperamos muito debate e reflexão sobre o futuro do setor. Podemos avançar que alguns dos nossos clientes vão apresentar soluções inovadoras na área da eficiência energética, mas isso será depois para se ver na feira.
Qual o significado de ser a entidade que acolhe esta iniciativa?
Sabemos o peso que representa, é muita a responsabilidade, mas simultaneamente deixa-nos muito orgulhosos. É muito importante para nós sermos o parceiro de referência de um setor que exporta mais de 23 mil milhões de euros. Não há como esconder, é um grande orgulho e um sentido de realização para a Exponor. A plataforma E+E da Exponor permite dar às feiras uma dimensão digital. Qual a relevância e impacto que esta plataforma digital terá no desenvolvimento desta EMAF?A plataforma digital E+E é um apoio à feira física e uma das grandes apostas da Exponor. Depois de um enorme ‘buzz’ envolta dos eventos puramente online, chegou-se rapidamente à conclusão de que estes não resultam na sua totalidade porque as pessoas precisam de estar juntas, precisam de contacto. No entanto, tal como nas nossas vidas pessoais, não podemos desvalorizar o digital e compreendemos que aliando as duas realidades a experiência se torna mais enriquecedora.
Na sua ótica, qual a importância da realização de um evento como este não só para a Exponor, mas também para o setor da maquinaria?
Este é um evento extremamente importante, porque permite a Portugal colocar–se numa posição de destaque na União Europeia. A existência de uma feira com esta importância e dimensão posiciona–nos no grupo da frente desta indústria, com uma forte concorrência dos outros estados europeus. Além disso, a presença de empresas nacionais noutras feiras internacionais, neste ou noutros setores, não é suficiente para a sua afirmação. Um setor de referência nacional deve ter, em Portugal, também um evento representativo. Destacamos, ainda, outra força do evento, a possibilidade de impulsionar o turismo de negócios através da visita de potenciais compradores, que impactam positivamente a região norte.