Em todas as cozinhas dos restaurantes portugueses os óleos alimentares têm grande preponderância, sendo um recurso importante para a fritura de vários alimentos. Os resíduos resultantes desta tarefa podem-se revelar prejudiciais para o meio ambiente, contaminado os recursos hídricos. Com a missão de recolher os óleos alimentares usados (OAU), surge a BioGenoa, uma empresa que se pauta pelo compromisso de contribuir para a redução das emissões de CO2 e evitar a poluição de milhões de litros de água.
A recolha e tratamento dos óleos alimentares usados levada a cabo pela BioGenoa é uma tarefa que se afigura como uma medida necessária para garantir a preservação do meio ambiente, nomeadamente evitar a contaminação dos solos e meios aquáticos que afetam diretamente os ecossistemas. A atividade desenvolvida pela BioGenoa contribui igualmente para a redução de custos operacionais nas ETAR, pois os óleos quando deitados nos esgotos podem provocar problemas e entupimentos das condutas, reduzindo a eficiência dos processos de tratamento. Paralelemente à recolha e tratamento de OAU, a BioGenoa é ainda uma empresa que conta com competências de consultoria ambiental, serviços de limpeza de filtros de exaustão das hottes e limpeza de caixas separadoras de gorduras.
Depois da recolha dos OAU, estes podem ser transformados em diversos produtos, desde detergentes ao biodiesel
O processo de reciclagem dos OAU é complexo, envolvendo algumas etapas até ao produto final. Primeiramente, os OAU são recolhidos no setor industrial, junto dos estabelecimentos do canal HORECA tais como cafés, restaurantes, cantinas e hotéis, e também nos equipamentos de rua (oleões) disponibilizados pelas autarquias aos seus munícipes. Posteriormente, são transportados para as instalações da BioGenoa, devidamente acondicionados em vasilhame próprio para a dposição deste tipo de resíduo. Após dar entrada no armazém, os OAU são sujeitos a alguns processos de natureza física, tais como: triagem, processos de filtração para retirar impurezas sólidas como restos de comida e contaminantes, processos de decantação onde ocorre a separação óleo/água, por diferença de densidades dos seus componentes, e por último, os OAU são armazenados em tanques de grande capacidade onde ficam a aguardar expedição para o destino final. No final, os OAU podem dar origem a uma grande diversidade de produtos, como o sabão e detergentes, representando cerca de 5% do destino dos OAU tratados pela empresa. Ainda assim, o destaque vai para a produção de biodiesel para fábricas portuguesas a partir dos óleos alimentares tratados, que é o destino de cerca de 95% dos OAU. Trata-se de um combustível de origem renovável, enquadrado na economia circular, sendo um substituto direto ao gasóleo de origem fóssil e poluente. Um meio ideal para reduzir a pegada carbónica resultante da queima dos combustíveis poluentes, uma vez que o CO2 libertado na sua utilização tem origem na captura desse mesmo gás pelas plantas que, posteriormente, dão origem ao óleo vegetal que a BioGenoa recolhe nos restaurantes após utilização na alimentação, completando-se o ciclo aquando da sua reutilização num combustível “amigo” e sustentável, contribuindo assim para a mitigação das mudanças climáticas.
A tecnologia é a grande aposta da BioGenoa no tratamento dos OAU
Porque cada vez mais a sociedade contemporânea faz uso das potencialidades que as novas tecnologias têm para oferecer, a BioGenoa considera que a tecnologia deve ser um catalisador de uma economia verde rumo a uma sustentabilidade real. Neste sentido, desde 2018, a empresa possui um software de gestão empresarial, o KiGreen, que fornece ferramentas essenciais para ter uma recolha de OAU muito eficiente. Este software inclui também uma app que permite a interação rápida e fácil entre os colaboradores da empresa com o escritório, possibilita a georreferenciação de todos os pontos de recolha de forma a otimizar recursos humanos, rotas e custos de transporte. Tem também ligação direta ao SILiAmb o que facilita os processos de emissão e gestão de e-GAR. De modo a manter-se atualizada e a possuir os últimos modelos tecnológicos da sua área da atividade, recentemente, a BioGenoa adquiriu equipamentos com características IoT (Internet of Things), usados nos oleões de rua e que providenciam uma monitorização constante das quantidades depositadas, resultando numa otimização as rotas de recolha. Inclusivamente estes equipamentos podem até premiar os cidadãos que mais contribuem para a reciclagem deste tipo de resíduo.
A BioGenoa é uma empresa referencia em Portugal no setor da recolha de OAU
Em Portugal, o setor de recolha de óleos alimentares usados é, na sua maioria, explorado por empresas privadas. Embora a legislação europeia e nacional tenha estabelecido metas ambiciosas para a recolha e tratamento de OAU, a implementação dessas metas ainda é limitada no caso específico dos OAU’s gerados a nível doméstico. As redes de recolha com equipamentos de rua tecnologicamente ultrapassados é um dos principais entraves à evolução desta área, pois embora grande parte dos municípios possua uma rede de recolha implementada, por vezes as recolhas não são atempadas ou então são efetuadas antes de os equipamentos estarem com um nível de enchimento que justifique a deslocação, a BioGenoa possui a solução para colmatar estas falhas e estamos prontos a trabalhar com os municípios que assim o desejem. Por outro lado, o setor industrial tem uma rede de recolha de OAU mais eficiente, onde operam empresas privadas que asseguram a recolha, tratamento e encaminhamento de praticamente todo o OAU produzido. A missão que a BioGenoa assume em nome da sustentabilidade do meio ambiente tem recolhido frutos, registando um crescimento sustentado ao longo das últimas décadas. Acima de tudo, a BioGenoa e todos os seus clientes da restauração sentem-se orgulhosos no trabalho desenvolvido, estando conscientes que estão perante um projeto fulcral para a diminuição de gases com efeito estufa, e por consequência, a contribuir para um uso da energia mais sustentável e verde. A BioGenoa, enquanto organização irá continuar no caminho da procura de melhores práticas, melhores equipamentos, investimento em energias renováveis, proximidade ao cliente, responsabilidade social, formação dos seus quadros e melhoria das condições de trabalho dos nossos recursos humanos, objetivos tão essenciais que ajudam a construir uma empresa competitiva e resiliente.