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Prestes a completar 28 anos de existência e com atuação em cinco áreas operacionais, a Valorsul, tal como indica o próprio nome, valoriza e dá todos os anos uma nova vida a cerca de 854 mil toneladas de resíduos urbanos produzidos em 19 municípios da Grande Lisboa e da Região Oeste.

A Valorsul surgiu em 1994 com o ambicioso objetivo de tratar resíduos urbanos de forma integrada, com a melhor tecnologia disponível, baseada em valores de excelência e profissionalismo. Hoje, é responsável por servir 19 municípios, o que representa cerca de 16% da população nacional, e por dar uma nova vida a mais de 2300 toneladas de resíduos por dia.


Implementar e gerir um sistema integrado, tecnicamente avançado, ambientalmente correto e economicamente sustentável, para tratamento e valorização dos resíduos dos resíduos urbanos de 19 municípios das regiões de Lisboa e Oeste é a principal missão da Valorsul. De uma
forma simples, a Valorsul procura valorizar ao máximo os resíduos que recebe, seja encaminhando para a indústria recicladora, ou transformando em energia ou composto. “O ano passado, foi um ano histórico para a Valorsul, pois conseguimos depositar apenas 2% dos resíduos que recebemos em aterro”, reconhece Marta Neves, Presidente da Comissão Executiva da Valorsul

A atividade da Valorsul corporiza os princípios da economia circular. Aqui, aquilo que de outra forma seria um resíduo, transforma-se em matéria-prima não saindo do circuito produtivo. É neste âmbito que a Valorsul produz energia para a Rede Elétrica Nacional, através de três meios: na Central de Valorização Energética, onde trata os resíduos indiferenciados, na Estação de Tratamento e Valorização Orgânica, com os resíduos orgânicos, e nos aterros onde recupera o biogás aí gerado. “Esta valorização energética é uma fonte importante da receita
da Valorsul, que minimiza a tarifa dos municípios e, consequentemente, a tarifa dos cidadãos”. Em 2021, as exportações para a Rede Elétrica Nacional foram cerca de 350 milhões de KWh, contribuindo assim para a diversificação do mix energético do país.


Nas suas quase três décadas de existência, a Valorsul tem vindo a realizar um conjunto de ações e investimentos de modo a desenvolver as melhores soluções para o tratamento dos resíduos urbanos, que vieram contribuir para um modelo técnico completo, promovendo a economia circular, garantindo a eficiência da utilização dos recursos. “O setor dos resíduos foi sempre o que chamo um parente pobre. Felizmente, hoje em dia há uma crescente consciência com metas ambientais exigentes e obrigações de circularidade. Muitas destas soluções implicam que se olhe para todo o ciclo de vida de uma embalagem. Estamos pouco a pouco a enveredar por este caminho, através da sensorização de enchimento dos nossos ecopontos, o que irá permitir rotas mais eficientes”, explica.

Futuramente, a empresa quer ainda ecopontos inteligentes e com uma relação mais próxima com o cidadão, estando já a dar os primeiros passos nesta aproximação, através da app Recycle Bingo e a Linha da Reciclagem. “Estamos também a avançar na digitalização dos processos de triagem, recorrendo a leitores óticos para identificação do material e também através de processos com deep learning.

Por outro lado, é nossa preocupação dar uma nova vida aos nossos subprodutos, nomeadamente o agregado, e nesse sentido estamos a realizar estudos com várias indústrias para incorporação do mesmo”. O mesmo acontece no que diz respeito à valorização energética, olhando para as novas formas de energia, como o biometano e o hidrogénio. Na verdade, os números falam por si. Desde 2016, a Valorsul já investiu cerca de 60 M€, com a ambição de melhorar e crescer.

Neste âmbito, importa referir que a Valorsul inaugurou, recentemente, no Município de Torres Vedras, uma nova Estação de Transferência e Ecocentro. Este investimento de cerca de três milhões de euros permitirá reduzir mais de 160 mil km/ano em distâncias percorridas, o que
representa uma redução considerável de emissão de gases de efeito de estufa. “Esta estação tem capacidade para receber 35 mil toneladas/ano de resíduos indiferenciados e/ou biorresíduos provenientes da recolha municipal, assim como capacidade de receber no Ecocentro resíduos recicláveis, como madeiras, plásticos, papel e cartão, vidro, sucata metálica, resíduos volumosos e resíduos de jardins, que podem ser entregues pela população”.

A ambição de ser uma referência na gestão de resíduos urbanos, manteve-se bem viva ao longo dos anos, alicerçada em políticas de sustentabilidade, ética, transparência, inovação e elevados padrões de desempenho e competência profissional em todas as áreas da empresa. “A empresa passou por várias transformações ao longo do tempo, mas soube sempre manter em vista o seu propósito maior: o serviço público”, explica Marta Neves. Para o futuro, fica a garantia de continuar a crescer em todas as áreas de atividade, com a implementação de novas instalações e o crescimento da recolha seletiva e, consequentemente, do tratamento. “Estamos a preparar a ‘Valorsul do Futuro’, que esperamos apresentar em breve. Queremos fazê-lo de forma planeada, sustentável e eficiente, em estreita
colaboração com aqueles que servimos, municípios e cidadão”.