A Aldeia do Xisto continua a celebrar “a qualidade e sustentabilidade” das suas praias fluviais ao voltar a hastear a Bandeira Azul, em 2022. Como o três é o número da conta certa, na próxima época balnear o município tem a esperança de voltar a carregar o céu com este símbolo, na praia da Sra da Graça.
Lousã, um dos concelho do centro onde se avista “um território premium no turismo de natureza” e que faz do xisto uma paisagem arquitetônica, abre mais um ano a época balnear com o “galardão Bandeira Azul” nas duas praias fluviais da região – Bogueira e Senhora da Piedade. O Presidente da Câmara Municipal, Luís Antunes, em conversa com a Mais Magazine, confessa que este é um reconhecimento de “dimensão internacional e um fator de atração de turistas e visitantes”, colocando em destaque “ a qualidade e sustentabilidade” desses locais.
Este ano, de fora desta distinção ficou a praia fluvial da Srª da Graça,“ por consequência do arrastamento de detritos e cinzas pelas chuvas a seu montante”, que ocorreram em 2018. Como os critérios do programa deste galardão têm como base “ o percentil de 4 anos de análises”, “houve uma que revelou valores acima dos limites fixados”. Todavia, Luís Antunes conta que “no próximo ano, as análises de 2018 já não farão parte do percentil de avaliação desta praia e já será possível recuperar a distinção”. De modo a que o estender a toalha seja um momento aprazível para quem procura mergulhos e diversão, a autarquia, em conjunto com as juntas de freguesias, têm “feito um investimento constante e estruturado”. Além disso, desenvolvem ações de sensibilização, como a iniciativa “Lousã sem beatas”, que envolve “grupos de jovens”, onde o objetivo primordial é a “limpeza das praias”. Assim, como diz o autarca, a juventude acaba por consciencializar-se “do contributo que estão a dar para a qualidade dos cursos de água”. “O Programa de Educação Ambiental da Bandeira Azul” também é “atualmente dinamizado” em Lousã, sendo composto por “dez a 12 atividades dirigidas a diversos público-alvo, incluindo os utilizadores das praias.”
Os palcos que são a vuvuzela dos turistas e a máquina da economia local
A Rede dos Percursos Pedestres é outro dos motores de atratividade para a região , além de ser um “produto” de grande utilização por parte dos lousanenses, que tem sofrido “trabalhos muito relevantes na manutenção” para “uma melhoria contínua”, fora os “investimentos na educação e consciencialização ambiental dos munícipes”. Atualmente, o traçado está a ser intervencionado e ao longo do tempo a Câmara investe “na sinalética e em materiais de informação”. Falar de atividades em Lousã é abordar as forte ligação ao Rally de Portugal, de “há mais de três décadas”. Anualmente este evento atrai milhares de visitantes que “escolhem o troço da Lousã – um dos melhores da Europa –” para verem a magia acelerada do automóvel a acontecer. Luís Antunes destaca que “além de todo o espetáculo que proporciona, o impacto económico do Rally é muito relevante para o concelho e para a região, especialmente para o comércio local que tem nestes dias uma oportunidade reforçada de negócio.” O Presidente vinca ainda que para o desfrutar deste evento ser realizado em segurança têm investido “na criação de todas as condições logísticas”.
Lousã recentemente conquistou uma representação no Comité das Regiões Europeu, pela voz do seu Presidente da Câmara, que encara este desafio como “uma honra e uma responsabilidade”. No término da conversa, o autarca ainda sublinhou que o concelho assume combater a sazonalidade através da sua “tipologia de turismo de natureza, desportivo e patrimonial.”