A Escola Superior Náutica Infante D. Henrique – ENIDH iniciou as suas atividades, enquanto instituição de ensino superior público politécnico, em 1924. Desde então, pelas suas salas de aula já passaram milhares de alunos tendo-se formado Oficiais da Marinha Mercante e outros quadros superiores para o setor Marítimo Portuário e setores afins. Fortemente empenhada na sólida formação cultural, científica e técnica dos seus alunos a ENIDH é uma referência nacional e internacional. Fique a conhecê-la um pouco melhor pela voz do seu Presidente, Luís Filipe Baptista.
A Escola Superior Náutica Infante D. Henrique (ENIDH) assume-se como uma instituição de ensino superior público de referência para o setor da Economia Azul, assegurando elevados padrões de qualidade da formação ministrada aos seus estudantes, de modo que estes “possam inserir-se com sucesso na sua futura atividade profissional com certificações marítimas reconhecidas a nível internacional”. Com um dos mais elevados índices de empregabilidade de diplomados a nível nacional (97%), a ENIDH assume o compromisso de proporcionar uma sólida formação cultural, científica e técnica, bem como desenvolver a capacidade de inovação e análise crítica e ministrar conhecimentos científicos de índole teórica e prática dirigidos ao desempenho das atividades no setor Marítimo Portuário. Atualmente, a ENIDH contempla na sua oferta formativa dois ciclos de estudos: Licenciaturas – Engenharia de Máquinas Marítimas, Engenharia Eletrotécnica Marítima, Gestão de Transportes e Logística, Gestão Portuária, Pilotagem; Mestrados – Engenharia de Máquinas Marítimas, Pilotagem; e ainda quatro Cursos Técnicos Superiores Profissionais – Climatização e Refrigeração, Eletrônica e Automação Naval, Manutenção Mecânica Naval, Redes e Sistemas Informáticos. Para além disso, ressalva que a escola “submeteu, em 2021, à Agência de Avaliação e Acreditação (A3ES) uma nova oferta formativa de licenciatura em Engenharia Informática e Computadores”, estando a aguardar a decisão final sobre a respetiva acreditação.
Para além da sua atividade letiva regular, a ENIDH disponibiliza à comunidade os seus recursos (docentes, laboratórios e simuladores marítimos) para a realização de trabalhos de pesquisa, desenvolvimento e investigação nas suas áreas de especialização. “Por exemplo, temos simuladores de navegação extremamente avançados que possibilitam a realização de ensaios e testes com uma enorme variedade de navios. Também realizamos ações de formação conjunta com a Escola Naval, no âmbito das tecnologias de informação e comunicação com certificação CISCO”. Para além destas atividades, a ENIDH realiza anualmente um elevado número de ações de formação de curta duração conducentes a certificação marítima, para revalidação de competências profissionais.
Protocolos possibilitam mobilidade de alunos
No domínio da internacionalização a ENIDH tem acordos de mobilidade com diversas instituições de ensino superior, através do intercâmbio internacional de alunos, docentes e não docentes. “A ENIDH tem um elevado número de protocolos firmados com instituições superiores de formação marítima no espaço europeu, nomeadamente de Espanha, França, Itália, Irlanda, Noruega, Polónia, Eslovénia, Croácia, Turquia e Roménia, entre outras”, afirma Luís Filipe Baptista. Estes acordos têm permitido à instituição realizar um número significativo de mobilidades de alunos, docentes e não docentes, que apenas foi interrompida durante o período da pandemia. “Temos também em vigor um elevado número de protocolos de cooperação com países do espaço lusófono, Panamá, Perú e Jamaica, entre outros. Note-se que, até ao eclodir da pandemia, a escola tinha cerca de 100 estudantes internacionais, a que correspondia cerca de 13% do total da população escolar”.
Investigação e Desenvolvimento
A ENIDH destaca-se pela excelência do seu ensino, formação, qualificação e investigação. Enquanto instituição de ensino superior, a escola aposta em diversos projetos de investigação científica, nacionais e internacionais, cooperando com diversas instituições públicas e privadas através do Centro de Investigação e Desenvolvimento – CID, que apoia a implementação dos projetos submetidos e aprovados. Presentemente, estão a decorrer, entre outros, os projetos: “MarineSIM – Formação para cursos marítimos” – Projeto de aquisição de simuladores marítimos, financiado pelo Programa EEA Grants 2014-2021 – Programa Crescimento Azul, e que tem como parceiros as universidades norueguesas NTNU – Norwegian University of Science and Technology e USN – University of South-Eastern Norway; e o projeto “Sea2Future – Unmanned surface marine vehicle” de propulsão elétrica. Este projeto foi desenvolvido pela escola com a participação multidisciplinar de docentes e alunos dos cursos de Engenharia de Máquinas Marítimas e Engenharia Eletrotécnica Marítima da ENIDH e que atualmente já envolve também a colaboração de alunos de mestrado de outras instituições de ensino superior (IST e ISEL).
O Clube de Robótica, aberto a todos os professores e alunos da ENI-DH que queiram transmitir, aprender e consolidar conhecimentos no âmbito da Robótica, é um dos exemplos da aposta da instituição na inovação. Criada com o objetivo de envolver professores e alunos em áreas de investigação aplicada e científica, esta iniciativa tem sido agregadora de várias valências técnicas e científicas no âmbito das áreas de especialização da ENIDH, tendo também contribuído de forma muito significativa para atrair os alunos para atividades de investigação aplicada e científica. “Um bom exemplo do interesse em acompanhar os novos desafios tecnológicos na área marítima, é o projeto Sea2future, cujo modelo já construído foi testado com sucesso na piscina da ENIDH”. Deste modo, a escola procura manter-se na vanguarda do desenvolvimento tecnológico e inovação no setor.
Futuro passa, cada vez mais, pela sustentabilidade
Portugal acolhe, este ano, pela primeira vez a Conferência sobre os Oceanos das Nações Unidas. Num momento pós pandemia e crítico a nível mundial, a Conferência procurará impulsionar soluções inovadoras, baseadas em dados científicos, através das quais se pretende iniciar um novo capítulo da ação mundial sobre os oceanos. Para o Presidente da instituição as ações a desenvolver futuramente passam “pela preservação do elemento marinho, diminuindo drasticamente a poluição provocada pelos navios”. Para tal é necessário apostar fortemente na descarbonização do transporte marítimo e melhorar as condições de transporte de modo a evitar acidentes no mar. “A ENIDH está atenta a estes temas e para além da sua participação no espaço expositivo da Conferência dos Oceanos, está já a participar em projetos com outras instituições que visam contribuir para um transporte marítimo mais sustentável”.