Foi no frio característico da Alemanha, em 1969, que esta empresa nasceu para o setor industrial. A liderança não foi imposta, mas sim conquistada, até internacionalmente, com base em dois vetores essenciais: a “proximidade da empresa com os seus clientes” e a tecnologia utilizada, como nos conta Filipe Alves, diretor da ifm electronic.
Atualmente a ifm eletronic tem presença em vários países de todo o mundo e é um grupo líder mundial no seu setor de atividade. De que forma foi conquistando uma posição de liderança no panorama internacional?
A ifm é um grupo internacional alemão que baseia toda a sua atividade no lema ifm – close to you. De facto, a proximidade da empresa com os seus clientes é o vetor essencial para propor as melhores soluções para os desafios do dia a dia, mas também em projetos de médio e longo prazo, apostando no desenvolvimento de soluções inovadoras, produtos de elevada qualidade, assim como um serviço de excelência para construir relações duradouras e de parceria. O segundo vetor é que a tecnologia só é viável se for acessível em termos económicos, logísticos, simplicidade de aplicação e utilização. Somos reconhecidos no mercado por isso tudo, fazendo com que a ifm detenha mais de 1000 patentes tecnológicas ativas e esteja presente em mais de 180.000 clientes de diversos setores industriais em todo o mundo. Pela primeira vez, em 2019, o volume de negócios do grupo ultrapassou 1.000 milhões de euros, tendo registado um crescimento de 25% em 2021.
Desde sua fundação, a ifm desenvolve, produz e vende mundialmente sensores, controladores, softwares e sistemas para a automação e digitalização industrial. Presentemente, quais as principais soluções desenvolvidas pela ifm para os diversos setores industriais?
A ifm aposta na diversidade da sua presença em todas as indústrias de processamento como por exemplo nos setores alimentar e farmacêutico, embalamento e logística, até ao automóvel, máquina ferramenta e robótica, passando pela indústria do aço, a eletrónica, mas também nos setores da água e as energias renováveis. As soluções vão desde a instrumentação, deteção, visão 2D e 3D, identificação industrial, segurança máquina, monitorização e controlo de condição, assim como a comunicação industrial.
A Indústria 4.0 trouxe consigo grandes oportunidades, mas também grandes desafios. Para competir com o mundo de amanhã é necessário que as empresas evoluam. De que forma a ifm tem procurado dar a devida resposta aos desafios impostos pela quarta revolução industrial?
Há 10 anos que a ifm contribui para o desenvolvimento de sistemas de produção inteligentes, tanto na modernização de processos como no controlo e no apoio à decisão, o que hoje chamamos Smart Factories, tendo casos de sucesso em grandes grupos internacionais. Por isso, a Indústria 4.0 está na nossa génese e não é uma novidade para nós.
Pronta para o futuro, a ifm tem já desenvolvidas soluções para a Indústria 4.0. Fale-nos um pouco mais destas inovações?
A ifm está na raiz do desenvolvimento da tecnologia IO-Link que permite a digitalização dos dados de sensores e atuadores. O desafio era disponibilizar essa informação do “chão de fábrica” para sistemas de automação e simultaneamente, de forma independente, para níveis de gestão superior. Isso implica uma mudança de paradigma na pirâmide de automação e desenvolvemos o Y-path baseado num IoT core que trabalha em paralelo aos fieldbus tradicionais, tudo integrado no mesmo módulo de campo. Complementamos a solução com a plataforma moneo para registo e análise da informação. Temos agora uma solução completa e modular desde o sensor até a Cloud.
A Exponor vai acolher nos dias 26 e 27 de maio a 360 Tech Industry – Feira Internacional da Indústria 4.0, Robótica, Automação e Compósitos. Quais as soluções e novidades que a ifm levará para o certame?
Demonstrações ao vivo do Y-Path, moneo, e um produto inovador: o IO–Key para “Plug & Play” fácil e simples do sensor até a Cloud.