Com quase um século de espera, a Barragem Alvito/Ocreza emerge como um projeto crucial há muito aguardado pela região da Beira Baixa e por Portugal. Com a sua construção, abre-se uma janela de oportunidade para garantir o abastecimento de água e energia, bem como para fortalecer a resiliência hídrica do Tejo.
A intenção de construção de uma barragem no Rio Ocreza e Ribeira do Alvito tem já 96 anos. Um projeto crucial para Portugal e para a região da Beira Baixa, sucessiva e inexplicavelmente adiado, que é urgente concretizar. O aproveitamento hidráulico com fins múltiplos Alvito / Ocreza constituirá uma relevantíssima reserva estratégica de água, decisiva para o futuro das Regiões da Beira Baixa, do Médio Tejo e da Lezíria do Tejo, no contexto das alterações climáticas em curso. A Barragem Alvito / Ocreza, contemplando a produção de energia hidroelétrica e o abastecimento de água para consumo e para rega, é uma infraestrutura crítica para a economia e para as populações, uma vez que a bacia do Tejo integra áreas populacionais importantes no País, e tem um forte contributo para as exportações e para o equilíbrio da balança comercial nacional. O Aproveitamento Hidráulico de Fins Múltiplos Alvito / Ocreza permitirá estabilizar o caudal e aumentar a resiliência hídrica do Tejo, com uma relação custo–benefício indiscutivelmente favorável, e com um impacto equivalente ao que se verificou com o Empreendimento de Fins Múltiplos do Alqueva. A Comunidade Intermunicipal da Beira Baixa, e as suas congéneres do Médio Tejo e da Lezíria do Tejo, que representam 30 municípios, preocupadas com o futuro coletivo, defendem a construção urgente da Barragem Alvito / Ocreza.