O abastecimento de água à população algarvia é da responsabilidade da Águas do Algarve, desenvolvendo, no decorrer das últimas décadas, uma série de iniciativas que transformaram por completo o panorama do abastecimento de água na região. Atualmente, os efeitos das alterações climáticas são o grande desafio para a entidade, em virtude da escassez de água que se reflete no baixo volume de disponibilidade hídrica nas barragens do Algarve, como explica António Eusébio, presidente da Águas do Algarve.
Por natureza, toda a região do Algarve é caraterizada pelo seu clima quente e seco, sendo, por isso, uma prioridade garantir o abastecimento de água a toda a população algarvia. A Águas do Algarve é a empresa responsável por assegurar o abastecimento de água para consumo humano, bem como o tratamento de águas residuais, tendo a missão de, em média, disponibilizar cerca de 72 milhões de metros cúbicos/ano de água para consumo humano para abastecer toda a população residente no Algarve e os turistas que visitam a região. António Eusébio considera que a entidade que gere” mudou o paradigma da região nos últimos 20 anos”. Tanto ao nível do abastecimento da população, como ao nível do saneamento, a intervenção Águas do Algarve foi fundamental para que, atualmente, haja um sistema mais completo e que consiga atender às necessidades hídricas da população. “O Algarve era uma região onde o abastecimento de água sofria de grande carência nomeadamente no que se referia à disponibilidade e qualidade. Nestas duas décadas foi possível desenvolver um Sistema mais robusto e mais resiliente. O mesmo acontece com o Saneamento, cujos bons resultados são visíveis, por exemplo com o número de bandeiras azuis e douradas com as quais as nossas praias têm vindo a ser galardoadas”, afirma António Eusébio.
Enfrentar a escassez de água na região é a prioridade da Águas do Algarve
Os efeitos das alterações climáticas na disponibilidade hídrica é a grande preocupação atual da Águas do Algarve, que tem vindo a acompanhar de perto esta problemática. A falta de chuva na região nos últimos anos leva a que as barragens apresentem reservas hídricas muito abaixo do que seria ideal para todos, levando a que a entidade se foque nas “reservas de águas subterrâneas que trazem acréscimos às disponibilidades de água na região”. Ainda assim, António Eusébio considera que a escassez de água tem sido uma boa oportunidade para “desenvolver um conjunto de estratégias de gestão integrada de recursos, e na procura de novas origens, que se constituem como instrumentos essenciais para mitigar riscos e enfrentar novas situações de seca”.
Educar para um futuro mais sustentável
A educação da população sobre a importância de poupar água, através de simples gestos no quotidiano, é uma medida que a Águas do Algarve julga ter extrema relevância para enfrentar a crise hídrica da região. Teresa Fernandes, responsável pela Área de Comunicação e Educação Ambiental, destaca que a educação sobre esta temática deve ter transversal a todas as faixas etárias e “envolve questões complexas que requerem uma abordagem coordenada, e consequentemente acompanhada por uma política de Comunicação e educação ambiental proativa e assertiva”. Nesse sentido, foi implementado na região o projeto “Desafios da Água”, que se foca precisamente sobre questões como a “preservação dos recursos hídricos, a importância da qualidade e da disponibilidade da água para a vida em sociedade, o seu uso eficiente e reutilização, e a aplicação de boas práticas ambientais, em concertação com aquelas que são também as orientações para uma economia que se pretende cada vez mais circular”. Teresa Fernandes conclui lembrando que “todos os momentos são oportunidades para efetuarmos a escolha correta, num compromisso sério e responsável com o ambiente e com o desenvolvimento de um futuro saudável da humanidade”.