A Profico – Consultores de Engenharia, SA, nascida em 1991, presta serviços em diversos domínios da engenharia civil, tais como projetos de pontes e obras de arte, estruturas de edificações em geral, infraestruturas rodoviárias e ferroviárias, hidráulica, urbanismo e gestão de empreendimentos. Jorge Meneses, CEO, desvendou à Mais Magazine os desafios e projetos desta empresa 100% portuguesa.
Falando com empresas do setor, fica-se com a ideia de que existem muitos players com uma atividade semelhante. O que distingue a Profico no mercado?
Gostamos de pensar, e trabalhamos diariamente para isso, que a Profico é uma empresa que vale a pena contratar, pois tem uma cultura orientada para o cliente, as suas necessidades e a sua satisfação, o que não se encontra com facilidade. Por outro lado, também nos orgulhamos de ser uma empresa onde as pessoas gostam de trabalhar e orgulham-se do que fazem. A longevidade e estabilidade dos nossos quadros são prova disso. Há um equilíbrio dinâmico entre estes dois vetores – orientação para o cliente e motivação dos nossos recursos humanos – o que, na conjuntura atual se tornou ainda mais desafiante.
Na sua opinião, quais são os principais desafios que a Profico encontra, atualmente, no exercício da sua atividade?
A desregulação do mercado é um drama com que vamos vivendo há muitos anos. Este problema não nos atinge só a nós e nem tenho a pretensão de sermos os únicos com uma postura adequada no mercado e que sofrem com esta realidade. Mas somos, seguramente, uma minoria. Com a falta de critérios técnicos para a escolha do consultor, estando a concorrência no fator preço a comandar em exclusivo as decisões, deparamo-nos com situações de iniquidade sistemática. O absurdo disto tudo é que a falta de regras atinge toda a envolvente do processo, pelo que muitos dos prejudicados acabam por ser os clientes que, na ânsia da pequena poupança, acabam por ser perdulários ao gastar recursos na contratação de serviços mal feitos, e sem racionalização. A escassez de recursos humanos qualificados é, noutra linha, um problema de difícil solução e que é transversal na sociedade portuguesa atual. Nos media, apenas se fala da escassez de recursos humanos na área da saúde e suas consequências, mas isso é a ponta do icebergue.
De que forma a Profico tem procurado ultrapassar estes desafios?
Como disse, a empresa é muito orientada para as necessidades do cliente e o resultado disso é sentido na prática pelos que decidem contratar-nos. Não me lembro de a Profico ter perdido um cliente em todos estes anos de atividade. Parece um lugar-comum, mas existe um grande bom senso nos nossos recursos e sentido de criação de valor que, entre outros aspetos, nos leva a saber identificar o que é verdadeiramente importante para o projeto e o cliente, a cada momento. Mais uma vez, a vertente dos recursos humanos é crítica: apostamos na formação técnica dos nossos colaboradores e recrutamos em escolas com boa formação de base. Acreditamos no desenvolvimento de talento baseado na motivação, “mentoring” e formação. No capítulo tecnológico, te[1]mos o espírito aberto à inovação e temos uma grande disponibilidade para novos desafios, sem aventureirismos.
Para terminar, gostaria de nos revelar algum projeto recente de referência em que estejam envolvidos?
Estamos fortemente empenhados nos programas de renovação ferroviária, e estamos envolvidos em várias fases de projetos, a sós ou em consórcio, que representam a intervenção em mais de 250km de via-férrea, maioritariamente nas ligações Sines-Elvas, e ainda na Linha Circular de Lisboa e quadruplicação da Linha do Norte até Azambuja, incluindo a remodelação da Gare do Oriente. As nossas competências no domínio ferroviário, posicionam-nos para assumir um papel de relevo, nos projetos de alta velocidade. Estamos a trabalhar também em diversas urbanizações espalhadas um pouco pelo centro e sul do país, requalificações urbanas em várias capitais de distrito e municípios da Grande Lisboa, escolas em Leiria e Setúbal e trabalhos para alguns clientes privados como o IKEA. A revisão de projetos, que constitui um dos nossos serviços muito solicitados, tem crescido continuamente, estando atualmente a finalizar a revisão do projeto de ampliação do Aeroporto Humberto Delgado. No domínio dos Estudos Ambientais temos quatro troços do Metro de Lisboa e do Porto em várias fases dos estudos e mantemos a nossa atividade de fornecedores de serviços à ANA Aeroportos e EDP, além de diversos estudos e assessorias a entidades privadas dos setores industrial, mineiro e da energia.