É o mais longo e um dos seis percursos pedestres que passam em Leiria para entrar nos caminhos da viagem de fé até Fátima. Catarina Louro, vereadora daquele concelho, afirma que a rota do Peregrino é “uma das portas” para o conhecimento da região “que queremos manter sempre aberta”, e que ainda possibilita a associação a outros eixos turísticos, além do religioso e cultural.
A “partida, largada e fugida” tem “início na bonita localidade de Cortes”, em Leiria, e o ponto de chegada é a Rotunda dos Peregrinos, em Fátima. A rota do Peregrino é uma de muitas outras existentes que levam milhares de caminheiros e essencialmente peregrinos até ao seu “ato de fé”, mas tem as suas particularidades. O “percurso pedestre de nível intermédio” é feito ao longo de 15 quilómetros, numa mescla de estrada asfaltada, terra batida e zona florestal. Ao longo do trajeto é possível fotografar “as belas paisagens florestais e agrícolas”, sentir, vislumbrar e ficar surpreso com “as vivências mais rurais” deste município do centro de Portugal, como nos conta Catarina Louro, vereadora do município.
A importância da rota do peregrino para a região é “clara como a água”. Primeiro, por ser considerada uma “das portas”, não só para Fátima, mas também para Leiria. E aqui a preocupação de quem intervém na gestão do município é a de “manter sempre [a porta] aberta para receber todos e cada um”. E depois, por “naturalmente” dar a mão ao enaltecimento de outros eixos turísticos, para além do religioso e cultural, como o “desportivo” e “de natureza”. Tudo, descreve Catarina Louro, “graças à grande riqueza e diversidade da fauna e flora”, “aos odores típicos das matas, às cores vivas das flores, às simetrias dos campos cultivados e até aos balidos dos rebanhos”.
Apesar do ponto alto desta rota ser, na opinião da vereadora, “sem qualquer dúvida, o contacto com a natureza”, a própria admite que a ligação com as gentes locais, além de ser um “privilégio”, é uma “oportunidade para conhecer melhor a cultura do Concelho”. E assim, como o bom português aclama, “junta-se o útil ao agradável”.
A vereadora também refere que ao longo dos últimos anos, e estando “cientes do nosso papel na preservação e divulgação desta rota”, o município tem depositado “grandes esforços na sua limpeza, na manutenção da sinalética e na sua promoção, através da nossa rede Visite Leiria.” Questionada sobre que locais merecem um olhar mais atento, “numa vertente mais cultural” Catarina Louro destaca “ o incontornável Castelo de Leiria e os premiados Museu de Leiria e Museu da Imagem em Movimento – m|i|mo”. Já para aprofundar a história da cidade, recomenda um passeio pelo “comércio tradicional da Rua Direita e um refresco de fim de tarde na Praça Rodrigues Lobo”. Para lá da fronteira de Leiria, sugere ainda a visita “à típica praia do Pedrógão”.
A “reflexão”, “contemplação” e a riqueza natural, na opinião da vereadora, são as melhores razões para motivar os nossos leitores a descobrir melhor Leiria e em particular a Rota do Peregrino. Catarina Louro não termina a entrevista sem antes deixar sugestões: “venham com tempo” e recomenda a prova “da nossa Morcela de Arroz e as Brisas do Liz num dos típicos restaurantes da região.”