Estivemos à conversa com José António, proprietário do restaurante A Cozinha do Manel, que nos revelou os segredos por trás dos 35 anos de sucesso deste ponto de referência na gastronomia portuense.
Há 35 anos, no coração da Invicta, A Cozinha do Manel abre portas para oferecer uma experiência gastronómica que é uma verdadeira viagem no tempo. Localizado na Rua do Heroísmo 215, o restaurante destaca-se não apenas pela qualidade dos seus pratos, mas também pelo ambiente acolhedor e repleto de memórias. Ao entrar, o cliente depara-se com um balcão comprido e uma cozinha à vista, o que permite observar a preparação cuidadosa dos pratos. A sala aconchegante é banhada por luz natural, com lambris e painéis de azulejos que adicionam um toque de tradição ao espaço. Os quadros nas paredes completam o cenário, enquanto a garrafeira e os dois fornos a lenha, uma raridade na cidade, prometem uma experiência culinária autêntica. Os objetos que decoram o restaurante não são apenas elementos de decoração, mas guardiões de mil e uma memórias, sendo que cada um deles conta uma parte da história deste espaço. No que à ementa diz respeito, A Cozinha do Manel oferece uma carta rica e variada, com quatro pratos que são verdadeiros ícones: cabrito, vitela, tripas e arroz de pato. Mas a experiência começa nas entradas, onde se destacam a alheira de caça, a morcela, o presunto “pata negra”, o queijo de Serpa amanteigado, os bolinhos de bacalhau e o folhado de perdiz (quando disponível, já que a casa privilegia produtos da época). Sem esquecer o pão caseiro que é verdadeiramente delicioso. Para pratos principais, há opções que nunca saem da ementa, como o bacalhau, preparado de diversas formas (assado, à Gomes de Sá, entre outros), os filetes de pescada ou de polvo e a vitela assada no forno a lenha. Além disso, há pratos com dia fixo como, por exemplo, o arroz de pato, à terça-feira, ou as tripas à moda do Porto, à quarta-feira, sábado e domingo.
No dia a dia, surgem outras iguarias, como as mãozinhas de vitela estufadas com grão-de-bico, o peixe do dia e as carnes para grelha. Em ocasiões especiais, é possível encomendar o cabrito assado no forno, servido inteiro ou em metades, ideal para três ou seis pessoas. A sobremesa é outro ponto alto da experiência na Cozinha do Manel. Toda a doçaria é feita na casa, incluindo as rabanadas, a aletria, os bilharacos, os bolinhos de bolina e a musse de chocolate preto. A garrafeira do restaurante é igualmente impressionante, com vinhos da casa provenientes do Douro, servidos a copo. O serviço é eficiente e simpático, completando uma experiência gastronómica memorável. Em suma, aberto de terça-feira a sábado (das 12h30 às 15h00 e das 19h30 às 22h00) e domingo (das 12h30 às 15h00), A Cozinha do Manel não é apenas um restaurante, mas um ponto de encontro com a tradição, onde cada visita se transforma numa celebração dos sabores e das memórias.