Sara Martins Pereira, médica otorrinolaringologista do Hospital Lusíadas Braga, confessa que nunca se imaginou noutra profissão. Com uma vocação que nasceu em família, encontrou na rinoplastia — uma área que alia precisão cirúrgica e sensibilidade estética — a sua maior paixão profissional. Entre conquistas e desafios, partilha o impacto da tecnologia na cirurgia, a importância de equilibrar a vida pessoal com a carreira e os planos para o futuro.
O que a motivou a seguir a carreira de medicina e a optar pela especialidade de otorrinolaringologia?
Sempre soube que queria ser médica. Os meus pais são médicos, bem como a minha madrinha com quem tinha um contacto muito regular na infância e cresci nesse meio.
Nunca pensei ter outra profissão, então acho que foi algo natural.
Quanto à otorrinolaringologia, eu queria uma especialidade cirúrgica, sabia bem o que não queria, mas não sabia bem o que seguir. O meu pai motivou-me um bocadinho para Otorrino e hoje agradeço-lhe por isso. Estou, sem dúvida, na especialidade certa!
Ao longo da sua trajetória profissional, quais têm sido os principais desafios e conquistas?
A principal conquista é poder trabalhar naquilo que gosto. Sei que é um privilégio poder dizer isso, e ser cada vez mais reconhecida na área que me tenho dedicado e preenche-me muito por ser que a que eu mais gosto – a rinoplastia; desafios: conjugar vida pessoal/familiar, sobretudo, desde que sou mãe com um trabalho que me absorve tanto.

Atualmente integra o corpo clínico do Hospital Lusíadas de Braga. Como tem sido esta experiência?
Fantástica! Estou no hospital desde novembro de 2023 e sinto que essa mudança contribuiu imenso para o meu crescimento profissional e adoro trabalhar num ambiente que valoriza a inovação, o trabalho em equipa e o profissional com as suas motivações e necessidades.
A rinoplastia não se limita apenas à estética. Que benefícios funcionais pode trazer aos pacientes?
Sem dúvida que não. A rinoplastia melhora a respiração ao alterar/corrigir estruturas anatómicas como o septo nasal e os cornetos. E isso traduz- se em melhor qualidade de vida: melhoria das dores de cabeça, resolução/diminuição do ronco e apneia do sono, melhor desempenho no treino e até em atividades básicas do dia a dia como subir escadas ou caminhar.
Num mundo cada vez mais marcado pelos avanços tecnológicos, de que forma a tecnologia tem influenciado ou transformado a prática da rinoplastia?
A rinoplastia é uma cirurgia/área em constante evolução. Há sempre novas técnicas e o objetivo atualmente é que seja uma cirurgia menos invasiva, com menos sintomas pós-operatórios e com resultados mais naturais. O Piezo contribuiu muito para estes avanços, pois permite cortar o osso sem danificar os tecidos envolventes, o que garante um trabalho mais preciso e delicado. Desta forma, abandonamos o martelo que tanto assusta os pacientes. É um instrumento que tenho à disposição no Hospital Lusíadas, em Braga.
Olhando para o futuro, que planos ou projetos profissionais ambiciona desenvolver nos próximos anos?
Há outras áreas de otorrino que gosto muito e, neste momento, ainda não me dedico em exclusivo à rinoplastia. O meu objetivo é continuar e evoluir nesta área tão desafiante da rinoplastia atingindo o máximo de perfeição que me for possível e agradando cada vez mais aos meus pacientes.
