: 23 de Maio, 2025 Redação:: Comentários: 0

A Mais Magazine esteve à conversa com Hermínia Vasconcelos Vilar, reitora da Universidade de Évora, que anunciou a criação da primeira licenciatura em Engenharia Aeroespacial da instituição, reforçando a aposta na inovação e na diversificação da oferta formativa.

90% das Unidades de I&D da Universidade de Évora foram classificadas como Excelente ou Muito Bom. Que impacto tem este resultado para a sua instituição?

É um resultado que reforça o prestígio da Universidade de Évora no panorama científico nacional e internacional e, simultaneamente, a nossa responsabilidade em continuar a promover a ciência ao serviço da sociedade. Confirma a qualidade e relevância do trabalho desenvolvido, sendo um testemunho claro do compromisso, talento e dedicação de todos os investigadores e colaboradores. Apesar de sermos uma universidade situada no interior do país, temos uma preocupação constante com a excelência, a inovação e a internacionalização. Esta distinção demonstra que é possível desenvolver investigação de excelência fora dos grandes centros urbanos, produzindo conhecimento com impacto efetivo no bem-estar das populações e no desenvolvimento sustentável, com relevância regional, nacional e internacional. Reforça o posicionamento da Universidade como uma instituição de referência para atrair talento, consolidar redes de colaboração e contribuir de forma decisiva para a construção de uma sociedade mais inovadora e sustentável. Realçar, ainda, que temos vindo a aumentar o número de projetos em execução com base em diferentes programas e fontes de financiamento, aos quais os nossos investigadores têm concorrido muitas vezes em integrados ou a liderarem parcerias nacionais e internacionais.

O que representa para a instituição e para a região a construção do novo Pólo de Saúde?

O projeto de construção de uma nova escola de saúde junto ao novo Hospital Central do Alentejo, em articulação com várias entidades do território, representa um marco estratégico no reforço da formação, investigação e prestação de serviços na área da saúde. Traduz o compromisso da Universidade com a melhoria dos cuidados de saúde, a coesão territorial e o desenvolvimento de respostas integradas e inovadoras para os desafios demográficos e sociais da região e do país. Para além de criar novas oportunidades de ensino e investigação, o Pólo da Saúde será também uma estrutura de proximidade, capaz de atrair profissionais qualificados, promover a articulação entre diferentes áreas científicas e fortalecer a colaboração com instituições do setor da saúde a nível nacional e internacional.

E a questão do Alojamento?

No âmbito do Plano Nacional para o Alojamento no Ensino Superior (PNAES), financiado pelo PRR, foi recentemente aprovada a candidatura para a construção de uma nova residência universitária com 200 camas. Esta aprovação representa um marco significativo, uma vez que corresponde a uma aspiração antiga da Universidade, que há vários anos tem vindo a trabalhar na criação de novas soluções habitacionais para a sua comunidade académica. Adicionalmente estamos a intervir em outras residências.

Novidades na oferta formativa?

No próximo ano letivo iremos oferecer, pela primeira vez, uma nova licenciatura em Engenharia Aeroespacial. É uma formação com um perfil próprio, e no âmbito do qual esperamos contar com o contributo de docentes e investigadores ligados a instituições de investigação e a empresas. É um novo curso que corresponde a um anseio há muito tido pela Universidade de Évora. Vamos também abrir o mestrado em Ciências Biomédicas e da Saúde, o qual reflete o crescimento e a crescente consolidação desta área na universidade. Destaco que a Universidade de Évora tem vindo a aumentar, de forma consistente, o seu número de alunos em diferentes tipologias de formações, desde licenciaturas a mestrados, doutoramentos, cursos de pós-graduação e microcredenciais, atingindo mais de 10.000 estudantes.