: 25 de Abril, 2025 Redação:: Comentários: 0

A caminho dos 25 anos de atividade em Portugal, a Indaver assenta o seu serviço na gestão global e sustentável dos resíduos, sendo uma empresa de referência nesta área, contando com várias instalações espalhadas por toda a Europa. Em entrevista à Mais Magazine, Sandra Freitas, Regional Manager Portugal & Spain, dá a conhecer o trabalho inovador e eficaz no tratamento de resíduos da Indaver, um forte contributo para o combate aos baixos indicadores ambientais registados em Portugal.

Quais os serviços e produtos que a Indaver oferece? Em que setores e com que tipo de resíduos vocês trabalham?

A Indaver Portugal oferece serviços de gestão global de resíduos à indústria dos setores químico, farmacêutico e fito-farmacêutico, tintas, entre outros. Além de serviços “chave na mão”, oferecemos também soluções específicas para gestão de resíduos perigosos. Implementamos sempre um serviço personalizado, porque não há dois clientes iguais.

Qual a missão da Indaver em Portugal? Pretendem assumir-se como uma referência na defesa e promoção da gestão sustentável dos resíduos e, consequentemente, da economia circular?

A missão da Indaver é ser a empresa de referência na gestão sustentável de resíduos. Trabalhamos em conjunto com os clientes para minimizar os riscos inerentes à gestão de resíduos perigosos. Maximizamos a valorização material e energética dos resíduos, mas na nossa visão, para haver uma economia circular não basta reciclar materiais. É fundamental que os fluxos dos materiais estejam isentos de contaminantes nocivos para a saúde humana e para o ambiente. A Indaver trata de forma segura estes contaminantes, desempenhando assim um papel fundamental de garante de uma economia circular segura e limpa.

Sandra Freitas, Regional Manager Portugal & Spain

Atualmente, as novas ferramentas tecnológicas e digitais podem representar uma grande mais-valia para a eficiência das empresas. De que forma a Indaver procura manter-se na vanguarda tecnológica?

O grupo Indaver gere milhões de toneladas de resíduos e tem dezenas de instalações. Não só inovamos ao nível de tecnologia para o tratamento de resíduos, como sempre investimos em ferramentas digitais que nos permitem gerir eficazmente os dados de produção, de monitorização ambiental, financeiros e de recursos humanos. A quantidade e a complexidade da informação são enormes e crescentes. Temos atualmente em curso, a atualização do nosso ERP, um projeto transversal a todos os países e empresas do grupo, com conclusão prevista para 2026 e que permitirá otimizar ainda mais os serviços que prestamos aos nossos clientes.

Como descreveria o atual cenário do setor da reciclagem em Portugal? Quais as principais conquistas e desafios a enfrentar?

A taxa média de circularidade na economia na UE é de 11,8%. Em Portugal este indicador é de 2,8%. O país recicla apenas 20% dos RSU’s, enquanto que na UE a média é cerca de 50%. Anualmente, depositamos cerca de 60% dos RSU’s em aterro. Somos um país pobre, a desperdiçar recursos, com indicadores ambientais embaraçosos que nos colocam na cauda da Europa.

A Indaver opera em Portugal há mais de 20 anos. Qual o balanço que faz destas mais de duas décadas de atividade? E quais as perspetivas a curto/médio prazo?

Em 2026, a Indaver celebrará 25 anos de atividade em Portugal. Só um balanço positivo nos permite celebrar esta longevidade. Somos uma empresa sólida. Os desafios de contexto são muitos, mas encaramos o futuro com confiança, certos que continuaremos a crescer em parceria com todos os nossos stakeholders.