A Junta de Freguesia de Asseiceira tem participação direta na Festa dos Tabuleiros em todas as edições e, este ano, não será exceção. Uma localidade com uma ligação histórica à festividade e que ajuda na preservação deste património identitário de Tomar.
26 tabuleiros tradicionais de espigas, algo que Carlos Rodrigues, presidente da Junta, considera ser símbolo da “tradição de uma povoação ligada desde sempre ao cultivo da terra”. A ligação muito direta com a terra levou a que, no passado, esta região fosse responsável pelo fornecimento do barro para a festividade. “A abundância de solos argilosos tornou a Asseiceira uma terra de Oleiros em que o barro é a sua matéria-prima mais disponível. Assim, os cântaros que os aguadeiros transportam no Cortejo, matando a sede aos seus participantes, tem origem nesta localidade”, explicou Carlos Rodrigues.
Para o presidente, a Festa dos Tabuleiros tem um triplo significado: gratidão, partilha e união do povo. “Gratidão, pela sua génese de origem pagã, de agradecimento pelas colheitas realizadas. Partilha, pela entreajuda que exige na sua realização e também porque uma das faces desta festa secular é a distribuição da peza: pão, vinho e carne às famílias mais carenciadas. União, pelo facto todos participarem, independentemente das tendências políticas, origem ou credo, apesar do caráter cristão que, entretanto, ganhou”, refere Carlos Rodrigues. Por tudo isto, o presidente da Junta de Freguesia de Asseiceira considera ser importante preservar este património que é a marca identitária de Tomar.