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Intimamente ligada à arte secular da Falcoaria, sendo mesmo reconhecido como a Capital Nacional da Falcoaria, o município de Salvaterra de Magos é hoje um destino onde a tradição, a natureza e a cultura se entrelaçam. Banhada pelas tranquilas águas do Tejo, este pitoresco pedaço de Ribatejo, outrora o refúgio de muitos reis e nobres, reúne em si um conjunto muito rico de património que orgulha quem está e surpreende quem visita.

A Câmara Municipal, ciente da importância da promoção e divulgação da Falcoaria Real de Salvaterra de Magos, adquiriu a uma casa agrícola há três décadas este edifício do século XVIII, que na altura era usado como celeiro. Este património, único na Península Ibérica, foi, entretanto, transformado em espaço museológico que conta a história, o percurso e o presente desta arte milenar que é a caça com falcões.

Em 2014, o município registou a marca “Salvaterra de Magos – Capital Nacional da Falcoaria” e, em nome de Portugal, conseguiu em 2016, o reconhecimento pela UNESCO da inclusão do nosso país no conjunto de nações onde esta prática é Património Cultural Imaterial da Humanidade. A Falcoaria Real de Salvaterra de Magos tem hoje um Centro de Documentação, Galerias de Exposições permanentes e temporárias e mantem naquele espaço mais de duas dezenas e meia de aves de presa cuidadas por uma equipa de falcoeiros, recebendo anualmente milhares de visitantes.

Museu do Concelho

No dia 8 de setembro de 2024 foi inaugurado o Museu do Concelho que se situa junto ao Posto de Turismo no Edifício do Cais da Vala, em Salvaterra de Magos, onde é possível ter acesso à mais relevante informação histórica e patrimonial do Município: não foram esquecidos a Festa Brava, a agricultura e pesca, a arqueologia, a etnografia e o artesanato, nomeadamente os Bordados de Glória do Ribatejo, uma arte transmitida pelas mulheres glorianas, de geração em geração, que perdura até aos dias de hoje e que o município conseguiu incluir no Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial em 2022. Existe também um espaço com diversos recursos didáticos a pensar nos mais novos, dando-lhes a conhecer as tradições, usos e costumes do concelho, de forma apelativa.

Um destino onde a natureza e a tradição se fundem

A Barragem de Magos, localizada na Várzea Fresca, Foros de Salvaterra, é local de paragem obrigatória para quem visita o concelho, onde se localiza um restaurante panorâmico que é, simultaneamente, um espaço de lazer e de convívio com a natureza. Paralelamente, o concelho beneficia da localização junto ao Rio Tejo e da beleza da sua imensa fauna e flora, que os visitantes poderão fruir num dos excelentes passeios de barco que os operadores turísticos disponibilizam a partir da Aldeia Avieira do Escaroupim, onde também existe um restaurante panorâmico, um parque de merendas, o Museu “Escaroupim e o Rio” e a Casa Típica Avieira.

O Bico da Goiva e o Parque de Merendas da Praia Doce, em Salvaterra de Magos, os núcleos museológicos e o Espaço Jackson, em Glória do Ribatejo, a estação ferroviária e o Mercado de Cultura de Marinhais, a Igreja Matriz, a Ponte Rainha Dona Amélia e o Porto de Sabugueiro em Muge, o Parque Infantil e de Lazer do Granho são também outros dos muitos locais a visitar no concelho.

Destaque ainda para a gastronomia com os pratos tradicionais de enguia, torricado com bacalhau, cozido, furjoca, os vinhos, o azeite, o mel, a ginjinha e os licores, a cerveja artesanal, o pão caseiro, os enchidos, o arroz, a batata, o tomate e a doçaria tradicional, como as queijadas – Barretes, os biscoitos, o arroz doce, as esturrecas, os bolinhos de manteiga, de erva-doce e de papelinho.