
O chamado “olho para os negócios” sempre fez parte da vida de Marina Brás, fruto da sua origem numa família de empreendedores. Iniciou o seu percurso profissional na área bancária, tendo depois abraçado o grande desafio de adquirir um negócio local e transformá-lo num caso de sucesso – a Frutóbidos, empresa pioneira na produção de Licor de Ginja de Óbidos.

Comecemos esta entrevista por dar a conhecer a Marina Brás aos nossos leitores. Fala-nos sobre o seu percurso profissional.
Tenho origem numa família de empreendedores, e por isso desde muito cedo trabalhei junto com os meus pais. No entanto, considero que o meu percurso profissional se inicia com um trabalho ligado à área bancária, onde estive durante algum tempo. Enquanto escolhia que rumo daria à minha vida profissional, surgiu um grande desafio, a aquisição de um negócio local.
Em 2001 adquiri a Frutóbidos, a empresa pioneira na produção de Licor de Ginja d’Óbidos. Visualizei de imediato o potencial do produto e identifiquei as lacunas que tinha de colmatar para que este passasse a ser um produto reconhecido. A criação da marca Ginja Vila das Rainhas é fruto dessa visão e hoje tem presença nacional e internacional.
Os projetos/ ideias não param de surgir, sendo que desenvolvi uma gama de produtos de confeitaria e um Bitter de Ginja, explorando desta forma a versatilidade da ginja. Em 2022, lancei o Licoturismo, um conceito de turismo completamente inovador em Portugal.
Atualmente, sou também Presidente da Anabe, membro dos Rotary Club Óbidos e Presidente da AALO – Associação Agir pela Lagoa de Óbidos, atividades que me complementam e realizam.
Para si, o que é ser uma mulher bem-sucedida?
Para mim, uma mulher bem-sucedida é, acima de tudo, aquela que consegue encon-trar o equilíbrio entre todas as “mulheres” que vivem dentro dela – empresária, mãe, amiga, companheira. É o meu desafio diário que se reflete na obra que vou criando, na esperança de que deixarei um legado que seja inspirador, marcado pela persistência e solidariedade.
Tenho uma empresa saudável, sempre estive consciente da realidade dos obstáculos que iria encontrar, antecipei o que de menos bom pudesse surgir para me preparar e nunca deixei de sonhar. Julgo que são as premissas que me fazem hoje a empresária que sou. Além disso, rodeio-me das pessoas certas, tenho dois filhos e trato os meus colaboradores como família.
Que conselhos daria às jovens empreendedoras?
O melhor conselho que posso dar é faz acontecer, arriscar mesmo que se tenha medo e nunca deixar de sonhar alto, mas sempre com consciência da realidade.
