: 21 de Novembro, 2025 Redação:: Comentários: 0

Luísa Teixeira, Advogada e Fundadora do Gabinete Jurídico LT, dedica há 21 anos a sua carreira a defender Mulheres vítimas de violência doméstica. Com uma abordagem que une técnica, empatia e coragem, a Advogada acompanha cada caso como uma missão de vida, ajudando as suas clientes a reconquistarem a segurança, dignidade e a esperança de uma nova vida.

Desde cedo, Luísa Teixeira traçou o rumo da sua vida profissional com a clareza de quem sabe o que quer: ser Advogada. A paixão pelo Direito, aliada a uma visão moderna e ambiciosa da Advocacia, levou-a a concretizar um sonho — fundar o seu próprio Escritório de Advogados, o Gabinete Jurídico LT.

Localizado no coração da cidade da Maia, a poucos passos da Câmara Municipal e do Tribunal, o Gabinete distingue-se pelo rigor, pela atenção ao detalhe e pela forma como conjuga tradição e inovação. Cada elemento do espaço — da estética ao atendimento — foi pensado para refletir o profissionalismo e a proximidade que caracterizam o trabalho de Luísa Teixeira. “Respeitando e valorizando a seriedade, honestidade e profissionalismo inerentes ao exercício do Direito, este Gabinete pauta-se pela inovação que pretende impor neste meio, onde novas ferramentas e métodos de trabalho se exigem. Tudo com um único objetivo: a satisfação do Cliente”, afirma a Advogada.

Mais do que um espaço de prática jurídica, o Gabinete Jurídico LT reflete uma forma de estar no Direito — comprometida, humana e profundamente consciente do impacto social da Advocacia. Essa visão ganha um significado especial no Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra a Mulher, data que sublinha uma das causas que mais marcam o percurso de Luísa Teixeira.

Com 21 anos de carreira pautada pela experiência, coragem e entrega total à causa da Justiça, a Advogada tornou-se uma referência na defesa de Vítimas de violência doméstica, contando com uma elevada taxa de sucesso nestes casos. Ao seu Escritório chegam Mulheres em momentos de total fragilidade. “Os Processos de violência doméstica foram surgindo no âmbito de Processos de Divórcio, em relações que estão para terminar ou que já terminaram e as Mulheres sentem-se perdidas.”

Luísa Teixeira conhece de perto o retrato social deste problema. Explica que muitas destas Mulheres “vivem relações de 20 e 30 anos” e que, quando finalmente pedem ajuda, “estão já numa fase de querer pôr fim à sua vida”. O medo do agressor, a vergonha social, a dependência económica e o receio de prejudicar os Filhos são barreiras que se repetem em quase todos os casos. “As Mães veem os Filhos como motivo para não fazer denúncia: ‘é o Pai dos meus Filhos’, dizem. Não percebem que um mau Marido é também um mau Pai”, reflete a Advogada.

Luísa Teixeira aproveita ainda para alertar para a dimensão transversal da violência doméstica: não afeta apenas as Mulheres, mas também as crianças. Quando há menores envolvidos, “automaticamente ficam referenciados pela CPCJ”, é-lhes atribuído o Estatuto de Vítima e passam a ter acompanhamento social e psicológico. “As Crianças que vivem este terror, normalmente, têm pouco aproveitamento escolar e comportamentos desviantes”, sublinha. Por isso, insiste: “Quando se falam de Vítimas, não é só as Mulheres, também os Filhos.”

Mas lidar com estes processos exige muito mais do que competência técnica. Exige empatia, presença e coragem. Luísa não se limita ao papel jurídico tradicional — assume cada caso como “um processo-missão”. “Quando nos é passada esta situação e a pessoa pede ajuda, o Advogado tem de ter uma entrega total. Pelo menos é assim comigo. Acompanho a pessoa desde a deslocação ao Órgão de Polícia Criminal para fazer a denúncia – recorrendo sempre a Gabinetes de Apoio à Vítima muito bem preparados para receber estas queixas – até que seja aplicada uma Medida de Coação de proibição de contactos com a Vítima ou de frequentarem os mesmos locais, por exemplo. Até aí eu não abandono a pessoa. Desgasta-me muito enquanto Advogada, mas é assim que eu faço! A entrega que eu faço é esta!”, afirma Luísa.

Determinada e convicta, Luísa Teixeira recusa a passividade. “Quando não são aplicadas as Medidas de Coação certas, o Advogado tem de recorrer. Não podemos ser passivos, mas proativos.” E reforça: “Tem de ser sempre uma medida que permita à vítima estar segura.”

Esta entrega tem dado frutos. A Advogada orgulha-se da sua “elevada taxa de sucesso” e da correta aplicação das Medidas de Coação. “O mais gratificante é que a taxa de sucesso existe e as Medidas de Coação são bem aplicadas, porque há trabalho!”

A complexidade destes Processos é enorme — muitas vezes, a violência ocorre “dentro de quatro paredes”, sem testemunhas ou provas, e as vítimas resistem em procurar ajuda médica. A Advogada destaca que “às vezes as agressões não são físicas, mas sim psicológicas, envolvendo o medo ou a privação de dinheiro.” Por isso, aconselha todas as vítimas a registarem qualquer episódio: “Mesmo que seja apenas um estalo, deve registar-se! Escrever um diário ou um email e relatar na primeira pessoa o que viveu nestes anos todos.”

Por isso mesmo, a Advogada insiste que os sinais de alerta não devem ser ignorados — “chamar nomes, humilhar, privar de dinheiro” são formas de violência. Sublinha ainda que o problema não se limita a um estrato social: “Não acontece só em famílias humildes. Há muitos casos de pessoas que vivem muito bem, mas que têm relacionamentos completamente tóxicos.”

Assumir um Processo de violência doméstica é sempre um procedimento bastante solitário, sendo não raras as vezes em que surgem desafios acrescidos. “Do outro lado, há sempre um agressor e um ou uma Colega que o defende. Muitas vezes sou vista como inimiga. Já sofri ameaças, mas nunca tive medo, nem me verguei em circunstância alguma.”

Apesar de tudo, o retorno é incomparável, reforçando o papel fundamental do Advogado para transformar estas histórias. As suas clientes reconhecem frequentemente a importância do apoio recebido: “Dizem-me: ‘foi o anjo que me salvou a mim e aos meus Filhos’. É um trabalho de entrega extrema e não é para qualquer pessoa, mas que no fim se torna muito gratificante”, confessa Luísa.

A força de Luísa Teixeira traduz-se nos resultados, relatando casos em que mulheres que chegaram ao escritório “com vontade de pôr fim à vida” hoje estão “empoderadas, com bom emprego, bons Filhos e a tratar do divórcio.” A sua missão vai além do Tribunal: é também sobre reconstruir pessoas. “Tem de se tratar uma pessoa como pessoa, todas são diferentes, é isso que me move, ver que o tribunal aplicou uma boa Medida de Coação.”

A Advogada maiata recomenda uma estratégia de três passos para quem se encontra nesta situação: consciência, rede de apoio e orientação profissional. “A primeira coisa é tomar a decisão de que está a ser vítima e quer sair daquele cenário. Depois partilhar com uma boa rede de apoio o que está a viver e procurar alguém a nível profissional que esteja disposto a ajudá-la.”

A mensagem que deixa é de coragem e esperança. “A Mulher tem de perceber que há soluções para estas situações extremas e saber que é dona da sua vida. Não é por ter Filhos que se deve sujeitar a isto.” Luísa compara o processo de libertação a atravessar um túnel escuro. “Estão dentro do túnel, tudo escuro, mas para verem a luz, têm de caminhar e ter coragem de passar por este processo. É um renascer, porque têm direito de reconstruir a sua vida enquanto Mulheres e Seres Humanos. Não é uma utopia, o final será gratificante.”

A atuação de Luísa Teixeira é, assim, o espelho de uma Advocacia que alia técnica e empatia, rigor e sensibilidade, fazendo do Direito não apenas uma profissão, mas uma missão de defesa da dignidade humana.

Em cada palavra, Luísa revela-se não apenas uma profissional do Direito, como também uma Mulher que faz do seu ofício uma missão de vida. Com coragem, empatia e uma entrega rara, a Advogada transforma dor em justiça, medo em liberdade e silêncio em voz. E é justamente essa voz — firme, empática e incansável — que tantas Mães e Filhos hoje reconhecem como o começo da sua segunda oportunidade.