
Em entrevista à Mais Magazine, Elísio Correia, CEO do Grupo Logifisco, fala como a sua empresa se tornou numa referência na contabilidade em Portugal, combinando rigor, profissionalismo e proximidade com os clientes.
De que forma nasceu a oportunidade de fundar a Logifisco e, enquanto Sócio-Gerente, como tem influenciado a estratégia e o crescimento da empresa?
A Logifisco – Contabilidade, Lda. foi das primeiras empresas de contabilidade a surgir na Cidade de Olhão, em 2002. Fruto da grande procura que existia na altura dos serviços de contabilidade, era mais natural exercer esta atividade como trabalhador independente, mas para garantir maior competência e rigor, decidiu-se constituir a Logifisco-Contabilidade, Lda. Ao longo dos anos, consideramos que temos sido uma referência na área da contabilidade. Inicialmente, começamos por estar presentes em Olhão, no sotavento algarvio, mas para estarmos mais próximos e podermos oferecer os nossos serviços a mais pessoas, em 2019, abrimos um escritório em Portimão (barlavento algarvio), podendo assim estar disponível em todo o Algarve. Simultaneamente, abrimos também um escritório no Porto, dada a quantidade de clientes que temos no distrito do Porto e de Braga. Desta forma, depois de termos ganho maior estabilidade e renome, a nossa estratégia passou pelo crescimento e valorização dos nossos serviços, uma aposta que se tem revelado acertada.
Os Contabilistas atualmente podem ser considerados como um Pilar Oculto das empresas de Sucesso?
Com a minha experiência profissional, acredito devemos ser um pilar oculto das empresas de sucesso. Hoje em dia, as empresas já não procuram apenas quem apure os seus impostos, mas sim quem seja um verdadeiro parceiro de negócios, nomeadamente no momento de tomada de decisões estratégicas para o sucesso das empresas. Estamos sempre presentes no dia a dia empresarial e não apenas no momento da entrega de impostos. Durante a pandemia, por exemplo, desempenhámos um papel essencial ao assegurar que os colaboradores das empresas recebessem os seus vencimentos, através da gestão dos apoios do Estado, como o Lay Off e os subsídios destinados às quebras comerciais. Esse trabalho, muitas vezes invisível, foi determinante para que inúmeras empresas conseguissem resistir e evitar o encerramento.
Na sua opinião, os portugueses têm níveis satisfatórios de literacia financeira ou ainda existem lacunas importantes? Que contributo podem os contabilistas oferecer para melhorar esta situação e promover uma mudança neste contexto?
Ainda que os portugueses estejam mais bem informados do que há 20 ou 30 anos atrás, ainda estão um pouco aquém. Um exemplo disso é o IRS Automático: muitos contribuintes dispensam o apoio de um contabilista por considerarem que já dominam o processo. No entanto, a experiência mostra-nos que, em muitos casos, a entrega é feita, mas não da forma mais vantajosa para o contribuinte — e quem sai a ganhar com isso é a Autoridade Tributária. Cabe aos contabilistas ajudar a inverter esta situação, transmitindo conhecimento e esclarecendo os clientes sobre os mecanismos fiscais existentes. Para além disso, a Ordem dos Contabilistas Certificados (OCC) tem desempenhado um papel fundamental na promoção da literacia financeira, através de conferências, seminários e até de projetos de educação fiscal direcionados para crianças, como o livro “A Joaninha e os Impostos”.
Na sua perspetiva, quais são as metas estratégicas da Logifisco para o futuro próximo?
Para o futuro próximo da Logifisco, as metas estratégicas passam por continuar a responder de forma competente, profissional e eficiente aos nossos clientes, e manter a colaboração com as diversas entidades escolares, universidades e o IEP, através dos protocolos já existentes, fruto do reconhecimento da nossa experiência e credibilidade no setor. Para além disso, como entendemos que temos uma responsabilidade social na sociedade portuguesa, queremos continuar a fazer diferença e apoiar de todas as formas possíveis várias instituições sem fins lucrativos, ou outras entidades que justifique.
