Ainda que seja na área da fotografia que Joel Reis mais se destaca, tendo já arrecadado vários galardões nacionais e internacionais, o fotógrafo profissional da Costa da Caparica tem ainda o ensino e o surf como ingredientes fundamentais da sua vida. Movido pela adrenalina de fazer sempre mais, melhor e diferente, Joel Reis falou à Mais Magazine sobre a forma como o contacto com as novas gerações o inspira e sobre aquela que é, para si, a melhor profissão do mundo: ser fotógrafo.
Como surgiu o gosto pela fotografia? Sempre foi um objetivo seguir por este ramo profissional?
Eu costumo dizer que nasci fotógrafo e surfista. Entre muitas outras paixões, estas acompanharam-me toda a minha vida, muito antes de pensar em fazer disso dinheiro para pagar as contas. Ainda assim, a primeira vez que me perguntaram: o que queres ser quando fores grande? A minha resposta foi (e ainda subscrevo): Professor!
Para si, o que lhe fascina no mundo da fotografia? O que o fez apaixonar pela área?
É a melhor profissão do mundo, podes avançar por inúmeras áreas e abordagens e é virtualmente impossível aborreceres-te. E a partir dela, “desbloqueio” outras igualmente divertidas. Por exemplo, já lancei uma revista on-line (moda e lifestyle), já fiz direção de fotografia em cinema, em spots publicitários para a TV, já realizei filmes de surf (é outra das minhas grandes paixões), já fiz produção para programas televisivos e, claro, também partilhei experiências e conhecimentos com muitos alunos. Gosto de navegar pela fotografia de arquitetura (outra paixão académica), depois poder fazer retrato, fazer editoriais de moda, imaginar e fotografar uma campanha publicitária, fotografar concertos e festivais de música, fotografar surf dentro de água ou na praia, fotografar BTT e, de certeza, que me estou a esquecer de mais alguma área a que me dedico… enfim, não há um dia monótono para quem quer fazer bem, coisas diferentes.
Que trabalhos fotográficos fez durante a sua carreira e que, pelo seu especial significado, gostaria de destacar?
O próximo é sempre o mais especial. Sempre o próximo. Já fiz coisas giras, tais como algumas que atrás referi…, mas a adrenalina está no futuro, em fazer diferente e melhor, se possível. Claro que já fiz algumas ex-posições fotográficas, ganhei prémios nacionais, internacionais na fotografia e também no cinema, mas tudo isso é muito giro na altura, mas em nada mudou a minha vida.
Para além de fotógrafo profissional é ainda professor na ETIC de Faro, na Escola Profissional de Imagem em Lisboa (EPI), e formador pontualmente na FLAG, também em Lisboa. Como surgiu a oportunidade de aliar a fotografia ao ensino?
Sempre gostei de ensinar, coisa que fiz ao longo da vida em diferentes áreas. É também uma das minhas fontes de inspiração, poder lidar com alunos jovens e poder deixar-me influenciar pela irreverência, criatividade e ideias de quem está a começar e não tem nada a perder, mas tudo quer provar. Sou fã das novas gerações e da forma como abordam os temas, sem amarras e preconceitos. A forma como alguns, com poucos meios, conseguem apresentar obras boas e ângulos originais. Gosto e cultivo a ideia de que nem sempre é imprescindível muitos e dispendiosos meios para fazer um bom trabalho criativo.
Quem quiser recorrer aos seus trabalhos, como o pode contactar?
Obviamente através das redes sociais, tais como, por exemplo, o Instagram: @joelreisphE do site – www.joelrreis.wixsite.com – que tem links para outras plataformas criativas.